Ato reforça necessidade da luta antirracista no movimento docente

Participantes do 14° Conad Extraordinário, que acontece neste sábado (12) e domingo (13) na sede da ADUnB-S.Sind, realizaram no período da tarde, após a plenária de debate sobre a conjuntura, o ato em “Defesa da Democracia e pela Luta Antirracista no Brasil: com Racismo, não há Democracia”.

Da sede da ADUnB até a praça Chico Mendes, também na UnB, a delegação do Conad caminhou ao som de batucada e palavras de ordem pelo fim do racismo no país. Já na praça, a delegação foi recebida com a declamação do poema de Victoria Santa Cruz “Me gritaron negra”, declamado pela professora e diretora do ANDES Regional Rio de Janeiro, Rosineide Freitas.

Em sua fala, a professora Rosineide Freitas, destacou a necessidade da luta antirracista ganhar centralidade também no movimento sindical e falou da importância de pessoas não-negras também atuarem na luta antirracista na sociedade.

“Estamos vivas pra dizer que não vamos desistir, não vamos recuar, vamos permanecer em luta para fortalecer a classe trabalhadora nesse país e isso só será possível com uma política contínua antirracista”, destacou a presidenta do ANDES-SN, Rivania Moura, na abertura do ato político.

Presidenta da ADUnB-S.Sind, Eliene Novaes, destacou que a luta contra todas as opressões é diária e necessária. “Esse é um ato simbólico, mas que simboliza a luta realizada dentro das universidades contra o racismo, o machismo e a lgbtfobia. Nos últimos anos lutamos cotidianamente para que os alunos continuassem tendo o direito à Educação, estávamos em sala de aula lutando para que a universidade continuasse fazendo seu papel de garantir direitos”, apontou.

Secretária Geral da União Nacional dos Estudantes, Isis Mustafá, falou sobre a importância dos 10 anos da Lei de Cotas Raciais nas universidades e da importância de que as seções sindicais falam uma avaliação de como a Lei transformou a cara das universidades públicas brasileiras e destacou a importância da retomada da luta pelo acesso amplo ao ensino superior no país. “A gente quer que a negrada esteja nas universidades”, ressaltou.

Programação

Após o ato, a delegação do 14º Conad Extraordinário participou de grupos mistos para debate e deliberação do Tema II "Questões Organizativas – CSP-Conlutas: balanço sobre atuação nos últimos dez anos, sua relevância na luta de classes e a permanência ou desfiliação à Central".

No domingo (13), as delegadas e delegados participam da segunda plenária que tratará sobre a permanência ou desfiliação do ANDES-SN da CSP-Conlutas.

Participantes

O 14° Conad Extraordinário conta com a presença de 236 pessoas, sendo 71 delegados e delegadas, 126 observadores e observadoras, 31 diretores e diretoras, 8 convidados e convidadas.


 

Publicado em 12 de novembro de 2022

Fonte: Comunicação ADUnB-S.Sind
Compartilhe: