Greve dos professores do DF é iniciada com manutenção de multa milionária e ação violenta de seguranças

Foto: Sinpro-DF
Foto: Sinpro-DF

O recurso do Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) foi negado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF), que manteve a multa de R$1 milhão à entidade para cada dia de greve, além do corte de ponto dos grevistas. A categoria resistiu às tentativas de criminalização da luta e iniciou o movimento paredista na segunda-feira (2) por valorização da carreira, reajuste salarial e melhores condições de trabalho nas escolas.

Assine a petição em apoio à greve.

Na terça-feira (3), professoras e professores realizaram um ato público em frente à Secretaria de Educação do DF, localizada no Shopping ID, para pressionar pela reabertura das negociações. Durante a manifestação pacífica, as portas do shopping foram fechadas, prendendo parte da categoria no local. Seguranças também atacaram manifestantes com spray de pimenta.

A luta da categoria conquistou uma reunião entre a Comissão de Negociação do Sinpro-DF e o Secretário Executivo da Secretaria de Educação do DF, Isaías Aparecido da Silva, mediada pelo deputado Gabriel Magno (PT-DF), Presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Durante a reunião, representantes do sindicato apresentaram a indignação da categoria com a criminalização da greve. Cobraram ainda a necessidade da reabertura imediata da negociação. O deputado Gabriel Magno ressaltou o quanto a medida do TJDF, provocada pelo governo Ibaneis Rocha, é truculenta como nunca antes vista na história do DF. O secretário executivo comprometeu-se a levar as demandas do movimento grevista ao governo.

Na sequência, professoras e professores realizaram panfletagem na Rodoviária do Plano Piloto para denunciar as condições precárias das escolas do DF, reivindicar a convocação de professores aprovados em concursos públicos, merenda escolar de qualidade e outras pautas. Um ato público em solidariedade à luta dos professores foi convocado para às 19h pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), no auditório do Sinpro-DF. A 1ª vice-presidenta da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília – Seção Sindical do ANDES-SN (ADUnB-S.Sind), Maria Luiza Pinho Pereira, participou desse potente ato de solidariedade da classe trabalhadora, prestando o apoio da entidade.

Confira a denúncia realizada na OIT contra o GDF e a Justiça do Distrito Federal. 

Em nota publicada no dia 30 de maio, a ADUnB-S.Sind manifestou solidariedade à greve da categoria: “trata-se de uma luta por respeito, valorização profissional e pelo fortalecimento da educação pública no Distrito Federal. A reestruturação da carreira docente e a ampliação dos direitos da categoria são reivindicações que buscam corrigir distorções históricas, e configuram uma greve com pautas legítimas que não pode ser criminalizada”.

Nota de solidariedade da ADUnB ao Sinpro-DF.

 

Publicado em 04 de junho de 2025

Compartilhe: