Assembleia Unificada aprova Manifesto em defesa da Educação e da Universidade Pública
Docentes, estudantes e técnico-administrativos participaram na manhã desta terça-feira (16) de uma Assembleia Unificada em defesa da Educação e da Universidade Pública, realizada no Teatro de Arena da Universidade de Brasília (UnB), local histórico de resistência e mobilizações.
“Temos uma pauta de luta conjunta, que nos unifica, que é a defesa da Educação e da Universidade Pública e estamos aqui para reafirmar o compromisso com a construção em defesa da UnB, da carreira, dos salários, do acesso e permanência dos estudantes”, apontou a presidenta da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília - Seção Sindical do Andes-SN (ADUnB-S.Sind.), Eliene Novaes.
A coordenadora-geral do Diretório Central dos Estudantes da UnB - Honestino Guimarães (DCE), Laís Cantuária, falou da importância da mobilização dos estudantes na defesa da Universidade. “Queremos ter condição de entrar na Universidade e permanecer. É por isso que a gente quer que essa greve seja geral, com os estudantes juntos. Por isso é muito importante que todos os alunos estejam mobilizados, porque é grave que a UnB e as outras universidades federais estejam com cortes de 310 milhões de reais, é grave e por isso é greve”, destacou.
A importância da unidade foi reforçada também pelo coordenador-geral do Sintfub, Edmilson Lima. “É importante essa unidade porque essa luta não termina hoje, ela recomeça hoje. Temos uma grande oportunidade de lutar em defesa não só da UnB, mas em defesa de todas as universidades, com mais professores, mais técnicos, por melhores condições de trabalho, além de condições efetivas de atender as necessidades básicas dos nossos estudantes. Eles precisam de melhorias nas bolsas, alimentação, nas condições de vida e é pra isso a nossa greve”.
Manifesto
A Assembleia Unificada aprovou um Manifesto em Defesa da Educação e da Universidade Pública. No documento, os três segmentos da UnB manifestam entendimento coletivo “em defesa da unidade de luta pela Educação e Universidade públicas, em defesa de melhores condições de trabalho, reestruturação orçamentária das Instituições de Ensino Superior, da ampliação de políticas da assistência estudantil e do programa nacional de bolsa permanência, salários e carreira”, aponta trecho do documento.
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Durante a Assembleia, docentes, estudantes, técnico-administrativos e representantes da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), Andes-Sindicato Nacional, também reforçaram a importância da unidade entre as categorias e a importância da greve para a defesa da educação pública.
Parlamentares federais e distritais participaram da Assembleia e manifestaram apoio à greve de docentes e técnico-administrativos, entre esses: Erika Kokay (PT), Reginaldo Veras (PV), Fábio Félix (Psol), Gabriel Magno (PT) e Max Maciel (Psol).
Documento do Comando Local de Greve
O Comando Local de Greve dos docentes da UnB preparou um documento para tratar sobre a construção da greve, além de um breve retrospecto sobre as propostas apresentadas nas reuniões da Mesa Nacional de Negociação com o Governo Federal. O texto, que incentiva a categoria a aderir a greve, foi distribuído durante a Assembleia e pode ser acessado na íntegra aqui.
Negociação com governo
Nesta sexta-feira, 19, acontecem duas reuniões da Mesa Específica Temporária com o MGI e bancada sindical, que trata da reestruturação das carreiras. Às 10h, será a mesa de técnico-administrativos e de docentes às 14h30.
A greve da categoria docente na UnB foi aprovada em Assembleia Geral Extraordinária no dia 8 de abril e iniciada nesta segunda-feira, 15.
Publicado em 16 de abril de 2024