Campanha Salarial: Governo não apresenta proposta de reajuste e mobilização da categoria deve continuar

Durante a reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) realizada nesta quinta-feira (10/08), em Brasília, a bancada governamental, composta por nove pastas, não apresentou proposta de reajuste para a categoria que atua no serviço público federal.

A bancada sindical, formada por vinte representantes de organizações, já havia apresentado a proposta de recomposição salarial em reunião realizada no dia 27 de julho.

“Até o momento, o governo não pode apresentar índice para reajuste pois está pendente a aprovação do arcabouço fiscal e das margens financeiras que estarão disponíveis para aumento. O governo está se esforçando para encontrar soluções, não só para assuntos salariais, mas para todas as questões levantadas por servidoras e servidores”, disse o secretário de Relações de Trabalho, José Feijó. A data da próxima reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente ainda não está definida.

A Associação dos Docentes da Universidade de Brasília - Seção Sindical do ANDES-SN participou na tarde desta quinta (10), da mobilização realizada em paralelo à reunião da Mesa de Negociação.

Mobilização

“Sem mobilização o governo não vai avançar com uma proposta que atenda a categoria. Por isso é muito importante que toda a categoria docente da UnB participe da Assembleia Geral Extraordinária que acontece na sede do sindicato no dia 17 de agosto”, destacou a presidenta da ADUnB-S.Sind, Eliene Novaes.

A Assembleia Geral Extraordinária será realizada na quinta-feira, na sede da ADUnB-S.Sind, com primeira chamada às 14h e segunda chamada às 14h30.

Além da importância da realização de assembleias gerais para construir o processo de mobilização, o ANDES-SN reforçou a necessidade da participação das seções sindicais na reunião nacional do Setor das Federais entre os dias 19 e 20 de agosto, que acontece em Brasília.

Qual a proposta dos servidores públicos federais?

A proposta apresentada de modo conjunto pelo Fonasefe, Fonacate e Centrais Sindicais contém os índices pleiteados e também uma proposta de escalonamento para a reposição das perdas acumuladas. Para melhor entendimento das particularidades das categorias, a proposta divide o funcionalismo em dois blocos.

O primeiro (Bloco I) é constituído por servidoras e servidores que tiveram reajustes em 2013 (5%), 2014 (5%), 2015 (5%), 2016 (5,5%), 2017 (5%) e 2022 (9%), totalizando 39,77%. Para esse grupo, a reivindicação é de recomposição das perdas salariais na ordem de 53,17%. É neste grupo que se encontram os e as docentes do ensino superior, técnico e técnico e tecnológico.

O segundo grupo (Bloco II) é composto por servidoras e servidores que, além dos reajustes nos mesmos anos e percentuais do Bloco I, também tiveram salários corrigidos em 2018 (4,75%) e 2019 (4,5%). A estes e estas, a recomposição pleiteada é de 39,92%.

Com informações do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e ANDES-SN.

.

 

Publicado em 11 de agosto de 2023

Compartilhe: