Acordo é firmado e servidores federais terão reajuste nos benefícios
A partir de dezembro, o auxílio-alimentação dos servidores federais terá novo valor. A medida resulta do acordo assinado em 6 de novembro entre o governo federal e entidades sindicais. O termo também prevê aumentos em outros benefícios a partir do próximo ano.
O auxílio-alimentação será reajustado em 17,5%, passando dos atuais R$1.000 para R$1.175. Em abril de 2026, o benefício será novamente corrigido conforme o IPCA acumulado entre dezembro de 2025 e o mês vigente. Na mesma data, o auxílio pré-escolar e a assistência à saúde complementar também serão atualizados de acordo com o IPCA acumulado de maio de 2024 a abril de 2026. Os reajustes previstos para o próximo ano dependem da aprovação do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026.
A assinatura do acordo foi possível após a aprovação da proposta pela maioria das entidades que integram a Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP). O ANDES-SN não assinou o documento. Segundo a circular nº 493/2025 do sindicato, “a maioria das assembleias manifestou-se contrária à proposta apresentada”.
Na Assembleia da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília – Seção Sindical do ANDES-SN (ADUnB), realizada em 4 de novembro, a categoria aprovou a assinatura do acordo. Para os docentes, embora a proposta do governo ainda esteja distante da principal reivindicação do funcionalismo — a equiparação dos benefícios do Poder Executivo aos do Judiciário —, a decisão considerou o contexto atual de desafios aos serviços públicos e a postura do Congresso Nacional, percebida como distante dos interesses da classe trabalhadora. A categoria avaliou que, apesar do acordo não contemplar aposentados nem prever reajuste no salário-base, sua assinatura representa um avanço neste momento.
“É essencial seguir com a mobilização para aprovar o PLOA 2026 com recursos que assegurem direitos aos servidores e serviços públicos de qualidade, além de construir alternativas que incluam aposentados. Também é imprescindível continuar a cobrança pelo cumprimento do acordo de greve de 2024”, afirmou Maria Lídia Bueno Fernandes, presidenta da ADUnB.
Publicado em 11 de novembro de 2025