Boas-vindas à comunidade acadêmica da UnB

A UnB está de portas abertas!
Você é bem-vinda e bem-vindo à
Universidade de Honestino Guimarães!
Criada em 1962, na conjuntura de efervescência política, da luta pelas reformas de base, resistiu ao Golpe Militar de 1964 como comunidade universitária; conquistou a gestão democrática em 1985 com intensa participação dos segmentos organizados de estudantes (DCE/UNE), docentes (ADUnB/Andes-SN) e técnico-administrativos (Sintfub/Fasubra); resistiu à ameaça de privatização na década de 1990, expandiu-se no DF a partir de 2005; resistiu ao Golpe de 2016; foi abalada pela sindemia de 2020-2022 e vem contribuindo para a reconquista, ainda tensa, do processo democrático em nosso país. A UnB resistiu antes e resiste agora - ainda estamos aqui!
A UnB RESISTE para produzir ciências, tecnologias, filosofias e artes, reconhecendo os saberes originários, na solução dos problemas nacionais. É espaço de produção de conhecimento, análise crítica da realidade do país, pesquisa e proposição de caminhos para enfrentamento das questões de nosso tempo, bem como espaço de convivência solidária no exercício social e político e de consolidação da gestão democrática.
Prova disso é a crescente inclusão das filhas e filhos da classe trabalhadora em suas múltiplas expressões, através da recente conquista das cotas trans, do fortalecimento das cotas raciais e o aumento das bolsas de assistência estudantil e iniciação científica.
Na medida em que tais processos avançam, não é coincidência que a extrema direita direcione suas armas às universidades públicas. Desde 2016, as universidades públicas enfrentam fake news, campanhas de desinformação e negacionismo, políticas de cortes e investidas contra a educação. Nesse sentido, os três segmentos da Universidade de Brasília (DCE, ADUnB e Sintfub), honrando nossa histórica resistência, reafirmam o seu compromisso na luta contra os ataques antidemocráticos dentro e fora da universidade.
Vivemos uma conjuntura mundial, nacional e local complexa que exige visão estratégica: de um lado, está um projeto de país a serviço do capital financeiro necrófilo (que financia os genocídios na Palestina e no Saara Ocidental) e, de outro um projeto de país composto por sua classe trabalhadora em defesa da vida em sua totalidade.
Diante de tal disputa, o que prevalece é a luta dos povos pela sua soberania, representada nas mobilizações anti-imperialistas e democráticas no Brasil, no Chile, no México, na Colômbia e no Uruguai, reconhecendo as lutas dos demais povos do sul global. A Universidade de Brasília se junta às lutas estudantis internacionais na defesa da soberania dos povos pela sua autodeterminação.
Resgatando o legado histórico do qual somos parte, te convidamos a esperançar conosco, sem ingenuidade, a efetiva participação da comunidade acadêmica na gestão democrática da universidade e na luta por uma educação pública, de qualidade, popular e socialmente referenciada.
Texto da ADUnB, DCE UnB e Sintfub
Publicado em 25 de março de 2025