Comunidade acadêmica da UnB mostra força contra a extrema direita

O retorno do semestre letivo na Universidade de Brasília (UnB), nesta segunda-feira (24), foi marcado pela união contra os ataques da extrema direita. A Associação dos Docentes da Universidade de Brasília - Seção Sindical do Andes-Sindicato Nacional (ADUnB-S.Sind) fortaleceu o ato público, organizado coletivamente com estudantes e servidores técnico-administrativos, no Ceubinho, a partir das 16h30.

 

Durante o evento, Maria Luiza Pinho Pereira, 1ª vice-presidenta da ADUnB-S.Sind, relembrou momentos históricos de luta do movimento estudantil da UnB em defesa da democracia e da educação pública. Já a presidenta do sindicato, Maria Lidia Bueno Fernandes, destacou a importância da unidade entre as categorias para enfrentar o cenário de ataques às liberdades democráticas.

 

A mobilização contou com a participação do Diretório Central dos Estudantes (DCE), do Sintfub, de diversas entidades do movimento estudantil, além da reitora da UnB, Rozana Naves, e dos deputados Gabriel Magno (PT-DF), Max Maciel (PSOL-DF) e Fábio Félix (PSOL-DF).

Na avaliação da presidenta da ADUnB-S.Sind, "os três segmentos organizados realizaram este ato, para dizer, que os fascistas não passarão. Que a Universidade de Brasília segue profundamente comprometida com seus valores basilares: democracia,  liberdade de cátedra, educação pública de qualidade e compromissada com a produção de pesquisa e conhecimento engajada com o bem-estar da população. Nosso ato foi uma demonstração da força das três categorias da UnB".

 

Os discursos denunciaram os atos de vandalismo contra centros acadêmicos cometidos por estudantes ligados a grupos de extrema direita. Também foi debatido como a disseminação de vídeos descontextualizados da UnB tem alimentado a desinformação sobre as universidades públicas, representando um ataque à educação como um todo.

 

O cenário vivido na UnB foi apresentado dentro de um movimento mais amplo, marcado pelo bolsonarismo no Brasil e pela reeleição de Donald Trump nos Estados Unidos. As e os participantes também ressaltaram a importância da luta contra a anistia para os golpistas do atentado do dia 8 de janeiro de 2023. Lembraram ainda do início do julgamento de Jair Bolsonaro nesta terça-feira (25), que pode torná-lo réu no processo por envolvimento na trama golpista.