Congresso do Andes-SN debate conjuntura e movimento docente

Começou na manhã desta segunda-feira (27) o 43º Congresso do Andes-Sindicato Nacional, em Vitória (ES). Realizado na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), o Congresso tem como tema “Só o Andes-SN nos representa: dos locais de trabalho às ruas contra a criminalização das lutas” e seguirá com atividades até sexta-feira (31).

Organizado pela Associação de Docentes da Universidade Federal do Espírito Santo (Adufes – Seção Sindical do Andes-SN), o Congresso que é a instância máxima de deliberação da categoria reúne mais de 600 representantes de seções sindicais do Sindicato Nacional de todas as regiões do país. A delegação da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB – Seção Sindical do Andes-SN) é formada por 11 delegadas e delegados, além de dois observadores.

“O Congresso é um momento muito importante para discutirmos os caminhos que devemos seguir para conquistar os direitos da categoria docente, a defesa da universidade pública, laica, gratuita”, destacou a presidenta da ADUnB-S.Sind e delegada pela diretoria do sindicato, Maria Lídia Bueno.

A abertura do Congresso foi marcada pela participação de representantes de organizações sindicais e movimentos sociais e populares que reforçaram as lutas e demandas de cada segmento. Entre estes, Movimento dos Atingidos Por Barragens, Movimento dos Pequenos Agricultores, Fórum de Mulheres do Espírito Santo e a Articulação de Mulheres Brasileiras, Sindicato de Trabalhadores da Ufes, Federação Nacional de Estudantes Técnicos, União Nacional de Estudantes, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e o Movimento Pela Soberania Popular na Mineração.

A abertura contou com a participação do grupo Ufeslam, movimento cultural e projeto de extensão da Universidade Federal do Espírito Santo protagonizado e idealizado por jovens que entendem a universidade como referência para a sociedade capixaba como um todo. Carregados de forte crítica social, o Ufeslam levantou a plenária com a palavra de ordem: “a poesia é o caminho de lutar pelo amanhã”.

Ao longo desta semana, o Congresso discutirá a conjuntura nacional e internacional, políticas educacionais, de gênero e raça, ambientais, condições de trabalho, assuntos de aposentadoria, entre outras temáticas, e formulará estratégias para enfrentar os desafios impostos aos professores e às professoras e à classe trabalhadora, de uma forma mais ampla.

Lançamentos

Durante a plenária de abertura, o Andes-SN lançou diversas publicações como a edição 75 da Revista Universidade e Sociedade, a cartilha atualizada de combate aos assédios moral e sexual e ao racismo, o Plano Nacional de Comunicação e o livro Educação, Pedagogia Histórico-Crítica e BNCC, do professor Demerval Saviani, publicado pela Expressão Popular em parceria com o sindicato nacional.

Documentário

Durante a plenária de abertura, também foi apresentado o trailer do documentário "Povo Negro Fica! A luta por cotas étnico-raciais". O vídeo será lançado após o Congresso e integra a campanha “Sou Docente Antirracista”.

Análise de conjuntura

A primeira plenária de debates do congresso, discutiu ‘Conjuntura e Movimento Docentes’, a partir de oito textos com formulações sobre o tema que foram disponibilizados no Caderno de Debates do Congresso. Os debates abordaram aspectos da conjuntura nacional e internacional e suas implicações no movimento docente, como avanço da extrema direita, carreira, governo federal, genocídio do povo palestino, eleição nos Estados Unidos, entre outros temas.

 

Publicado em 27 de janeiro de 2025

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