Diretoria da ADUnB se reúne com parlamentar para tratar de temas da categoria docente

Na manhã desta quarta-feira (18/12), a Diretoria da ADUnB-Seção Sindical do ANDES-SN realizou uma reunião com o deputado distrital Gabriel Magno (PT-DF), a professora Renata Aquino, decana de Pesquisa e Inovação da UnB, e Lígia Pavan, docente do Departamento de Filosofia.

O encontro teve como pauta central os cortes no financiamento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF), estimados em R$ 50 milhões de acordo com o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025. 

Na discussão, foram apontados os desafios do financiamento da FAP-DF, que enfrenta baixa execução orçamentária, politização de cargos e critérios pouco democráticos para aprovação de projetos a serem financiados. Entre os encaminhamentos estão a realização de uma audiência pública e a publicação do segundo balanço de ciência, tecnologia e inovação no DF e o incentivo ao turismo científico.

O deputado Gabriel Magno informou que medidas estão em andamento, como uma nova representação no Tribunal de Contas do DF contra a baixa execução da FAP e o percentual reduzido para 2025.

Além dos cortes orçamentários na FAP-DF, a reunião também abordou estratégias para enfrentar os crescentes ataques de forças da extrema direita às universidades públicas. Outro ponto de pauta foi o aumento abusivo das mensalidades dos planos de saúde para aposentadas e aposentados, intensificando o sentimento de desamparo diante das políticas neoliberais de saúde que afetam a dignidade dessa categoria de trabalhadores.

Nesta quinta-feira (19), a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) divulgou uma nota em que critica os cortes orçamentários. “Importante destacar que todos os países e estados que conseguiram se desvencilhar da pobreza e promover o desenvolvimento sustentável interno só o conseguiram mediante robustos investimentos em CT&I. Basta vermos os investimentos dos Estados Unidos, China e tantos outros países na Europa, que se aproximam de 3% de seus Produtos Internos Brutos (PIB) na área. Assim, o Distrito Federal cada vez mais adota o rumo inverso de se apostar em um modelo econômico pouco robusto e quase nada diversificado”, alertam a SBPC e sua Secretaria Regional no Distrito Federal (SBPC-DF) em nota.

 

Publicado em 19 de dezembro de 2024

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