UFRGS elege chapa para reitoria por meio de processo democrático

O Conselho Universitário (Consun) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), garantiu em votação histórica a paridade na escolha da reitoria. A votação paritária assegura que a escolha feita pelos três segmentos da comunidade acadêmica - docentes, técnico-administrativos e discentes tenham o mesmo peso para eleição das chapas. A decisão do Consun referendou a Consulta Informal realizada pela ADUFRGS-Sindical, que já havia defendido que o processo fosse democrático, garantindo a paridade e assim, a autonomia universitária. 

Em todas as eleições para a reitoria realizadas pela instituição até então, os votos da categoria docente tinham peso de 70%, contra 15% dos estudantes e 15% dos técnicos-administrativos. Para a eleição realizada neste ano, as entidades representativas das servidoras e servidores da UFRGS e as chapas concorrentes consentiram sobre a necessidade de seguir um rito paritário. Entretanto, como houve uma decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª região que determinou que o cálculo final considerasse maior o peso do voto de docentes, como indica a legislação federal, havia dúvidas sobre qual seria o posicionamento do Conselho. Caso a paridade não fosse respeitada, outra chapa seria eleita para reitoria. O Consun manteve o entendimento que já definido em 2023, ratificando o resultado da Consulta Informal feita junto a comunidade acadêmica. Assim, a chapa, composta pela professora Márcia Barbosa para o cargo de Reitora da UFRGS e o professor Pedro Costa para Vice-Reitor, foi eleita considerando a igualdade dos valores dos votos. O documento sobre a eleição é agora encaminhado para o Ministério da Educação (MEC), que nomeia os novos reitor e vice-reitor.

A ADUFRGS-Sindical publicou uma nota em que defende “a decisão do Conselho, reconhecendo sua legitimidade”. 

A coordenação do Sindicato dos Técnico-Administrativos em Educação da UFRGS, UFCSPA e IFRS (Assufrgs) também se posicionou sobre a questão e destacou que “a consulta paritária representa um marco de respeito à decisão da comunidade” e que o cenário posto demonstra que frequentemente “têm sido desrespeitadas as decisões do Consun na UFRGS”. 

A nota publicada no site da ADUFRGS-Sindical aponta ainda que tem trabalhado “muito para que, em Brasília, consiga[mos] avançar nos projetos que modifiquem e deem mais transparência sobre os processos de escolhas para as Reitorias das Universidades Federais brasileiras. O fim da lista tríplice é um dos pontos centrais da nossa luta em nível nacional”. 

A ADUnB-S.Sind parabeniza a chapa eleita e destaca que, assim como a ADUFRGS-Sindical, segue em defesa da Educação Pública, Gratuita e de Qualidade

 

Publicado em 19 de julho de 2024

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