UnB concede diploma post mortem de geólogo a Honestino Guimarães

O Conselho Universitário (Consuni) da Universidade de Brasília aprovou, por aclamação, a concessão do diploma post mortem ao geólogo Honestino Guimarães. A decisão aconteceu em reunião considerada histórica realizada na sexta-feira (7/6).

Honestino Guimarães foi desligado da instituição em 1968, antes de se formar, e foi morto em 1973 pelo regime ditatorial que se instalou no Brasil. O corpo nunca foi encontrado. O militante foi presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UnB e da União Nacional dos Estudantes (UNE).

O parecer da decisão foi anunciado pelo decano de Ensino de Graduação e membro do conselho, Diêgo Madureira, que avaliou o documento - confira a íntegra. “Honestino Guimarães foi um notável líder estudantil cuja trajetória se entrelaça profundamente com a história da Universidade de Brasília e a luta contra a ditadura militar. [...] o simbolismo desse ato transcende esses aspectos mais diretamente relacionados ao próprio Honestino para compor uma inequívoca mensagem da instituição a toda a sociedade, deixando explícito o compromisso da UnB com a justiça, a democracia e a história [...]”, diz um trecho do texto.

A decana de Extensão da UnB, Olgamir Amancia, reforçou a importância da concessão do diploma: “Honestino é símbolo dessa caminhada, que não pode ser interrompida, de luta pela democracia”. 

A ADUnB-S.Sind participou da reunião representada por diretores e diretoras, além de docentes filiados e filiadas. A presidenta Eliene Novaes se emocionou ao falar da simbologia do ato. “A história de Honestino nos inspira na luta por democracia, na luta por uma educação pública, na luta por nosso país. Este momento é muito importante para nós como Universidade, como docentes, como sociedade e a todos e todas discentes”.

 

Publicado em 10 de junho de 2024

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