Assembleia Geral Extraordinária se manifesta pela aprovação dos auxílios e rejeita proposta de reposição salarial apresentada pelo Governo
A categoria docente da Universidade de Brasília (UnB) se reuniu nesta quarta-feira (24/04) em Assembleia Geral Extraordinária com a pauta central na avaliação e deliberação sobre a proposta apresentada pelo Governo na rodada de negociação realizada nos dias 10 e 19 de abril.
A Assembleia, que aprovou, dentre outras questões, a ratificação dos membros dos Comandos Nacional e Local de Greve, contou com a participação de, aproximadamente, 390 docentes e convidados. Além disso, as e os presentes aprovaram ainda o estado permanente de Assembleia, para atender a proposta do CLG de realização de Assembleia Geral semanalmente para avaliação do movimento da greve.
A categoria docente aprovou ainda uma moção em solidariedade à greve da categoria docente das universidades estaduais do Ceará, que tem sofrido represálias do governo do estado. Aprovou-se também uma moção de repúdio ao Proifes que alterou digitalmente fotos da reunião da mesa de negociação para retirar das imagens a bandeira do ANDES-SN durante a reunião com o Governo. O apoio à luta dos docentes na Argentina terá declaração de apoio elaborada pelo Comando Local de Greve
O Comando Local de Greve da UnB preparou para a Assembleia, uma análise da proposta apresentada pelo Governo nos dias 10 e 19 de abril com o objetivo de avaliar e deliberar sobre a proposta . O documento será publicado em breve.
A votação da proposta foi realizada em duas etapas. A primeira foi a deliberação sobre o Termo de Compromisso que propôs a atualização dos auxílios. "Conforme apresentado no Termo de Compromisso nº 01/2024, de 10/04/2024, e ratificado na Mesa do dia 19/04/2024, o Governo Federal apresenta a seguinte proposta para reajuste dos auxílios, com implementação em 1º de maio de 2024: Auxílio-alimentação: R$658,00 para R$1.000,00; Assistência pré-escolar (auxílio-creche): R$321,00 para R$484,90; Auxílio-saúde per capita: reajuste de até 51%, considerando a faixa de idade e renda do servidor.” A proposta foi aprovada por maioria.
A segunda votação tratou da proposta de reajuste salarial, steps, IN 66 e sobre a Portaria 983 /2020 que trata da situação dos EBTTs. O documento aponta que “o Governo Federal apresentou a seguinte contraproposta: 0% para 2024; 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026. A reivindicação da categoria foi de 7,06% em 2024, e o mesmo percentual nos anos de 2025 e 2026”. A proposta foi rejeitada pela plenária.
“Entendemos que existem avanços nas negociações com o Governo. Entretanto, ainda seguem sendo insuficientes. Por isso, seguimos em greve, seguimos unidos na luta e na mobilização. Não é apenas por reajuste por nossos salários ou benefícios, mas pela recomposição do orçamento das universidades, pela valorização da carreira docente, em defesa das aposentadas e aposentados e de seus direitos. O resultado da Assembleia aponta para a continuidade da luta para avançar nas nossas conquistas”, disse Eliene Novaes, presidenta da ADUnB.
Publicado em 24 de abril de 2024