Greve na UnB: docentes, técnicos e estudantes participam de Marcha de Servidores Públicos

Docentes, técnicos e estudantes da Universidade de Brasília (UnB) organizados pelo Comando Local de Greve da ADUnB e do SINTFUB participaram, junto a outros servidoras e servidores públicos de universidades e institutos federais, na manhã desta quarta-feira (17), em Brasília, de uma marcha em direção ao Ministério da Gestão e da Inovação e Serviços Públicos (MGI), na Esplanada dos Ministérios.

A Marcha saiu por volta das 10h da Catedral de Brasília, seguindo até o Bloco K, onde fica o MGI. As e os servidores da UnB estiveram presentes para se unir à jornada de lutas e à mobilização pelo reajuste salarial, reestruturação da carreira, reajuste dos benefícios, revogação das medidas e pela defesa e valorização da Educação e Universidade Pública. 

“Estamos nas ruas, estamos em greve e mobilizados de maneira unificada, com uma luta conjunta em favor de uma educação pública cada vez melhor para a sociedade. Para isso, precisamos de orçamento para as universidades e de valorização profissional. Por isso, esta marcha marca um momento importante e passa a mensagem de que estamos trabalhando juntas e juntos para a construção de um país melhor, com uma educação de qualidade”, disse Eliene Novaes, presidenta da ADUnB-S.Sind. 

A Marcha contou ainda com a presença de representantes de diversas centrais sindicais, além do Fonasefe, Fasubra, ANDES-SN e Sintfub. Parlamentares como a deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA) também estiveram presentes durante a caminhada. 

Audiência

Como parte do aumento da pressão pelas demandas da educação, docentes da UnB participaram ainda da audiência pública, requerida pela deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), da Comissão de Administração e Serviço Público, realizada na terça-feira (16/4), no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados. 

Falando especificamente sobre a greve da educação, a deputada Sâmia criticou a proposta de reajuste zero. “Há um motivo centralizador para a mobilização desses servidores: a necessidade urgente da reposição de perdas salariais”, afirmou, acrescentando que além da questão salarial, outros motivos também pesam na mobilização da categoria, como “a precarização das condições de trabalho, o subfinanciamento dessas instituições e a falta de resposta do governo às demandas apresentadas”.

A deputada Alice Portugal ressaltou que “é necessário um projeto de estado para o país soberano e desenvolvido, mas que isso não acontece sem servidores remunerados dignamente, com carreira organizadas, com garantia de isonomia salarial”. “Apoiamos o governo Lula, sim, mas com o binômio, apoio e crítica”, disse, lembrando que “os técnicos administrativos das universidades e institutos federais têm os piores salários do poder executivo”. “Isto não é uma fantasia, não é discurso midiático, é a realidade”, disse.

 

Publicado em 17 de abril de 2024

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