Governo federal agenda reunião com servidores sobre reajuste para 28/2

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) enviou a convocação para a primeira reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) neste ano.

O encontro, que reunirá as entidades representativas dos servidores públicos federais, acontece dia 28 de fevereiro, a partir das 14h30, e debate a contraproposta apresentada pelas entidades.

A ministra da Gestão, Esther Dweck, havia anunciado na segunda-feira (5/2) que essa primeira reunião do ano para tratar do assunto ocorreria ainda em fevereiro.

Na última semana, o Fórum Nacional Permanente das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e as centrais sindicais chegaram a um acordo e apresentaram ao governo um documento único.

A proposta dos movimentos sindicais aborda:

a) equiparação com os servidores do Legislativo e do Judiciário, ainda em 2024,  haja vista não haver impedimento na Lei de Diretrizes Orçamentárias;

b) abrir negociação acerca das perdas salariais históricas a partir de julho de 2010;

Para   negociação   imediata   reivindicam-se   os   percentuais abaixo correspondentes às  perdas salariais decorrentes a partir do governo Temer (desde 1º de setembro de 2016) até dezembro de 2023 acrescidas das projeções inflacionárias dos anos de 2024 e 2025:

o Bloco I – Reajuste de 34,32% dividido em 3 parcelas iguais de 10,34% em 2024, 2025 e 2026;

o Bloco II - Reajuste  de 22,71% dividido em 3 parcelas iguais de 7,06% em 2024, 2025 e 2026

O documento completo está disponível aqui.

Proposta do Governo

Até o momento, o Governo não prevê reajuste salarial para servidores federais e promete reajuste de 9%, a ser pago em duas parcelas de 4,5%: a primeira em maio de 2025 e a segunda em maio de 2026.

Em 2023, foi concedido um reajuste de 9%, mas o impacto cheio só está entrando no exercício de 2024, visto que o pagamento começou em maio do ano passado.

Para este ano, o Governo propôs aumento nos valores dos auxílios, com vigência a partir de maio próximo. O auxílio-alimentação será elevado de R$ 658 para R$ 1.000; o per capita referente ao auxílio-saúde passará do valor médio de R$ 144 para R$ 215; e o auxílio-creche irá de R$ 321 para R$ 484,90. Isso representa 51,06% de reajuste nos auxílios, já contemplado no Orçamento de 2024.

Além do reajuste, as e os servidores querem equiparação dos benefícios do Executivo aos do Legislativo e Judiciário. As entidades têm apontado para a defasagem com relação aos outros dois Poderes, que tiveram ajuste nos auxílios de 19,03%. A proposta do Governo, apesar de aumentar o valor dos benefícios, mantém a defasagem do Executivo.

Brecha para reajuste em 2024

Apesar de oficialmente não haver perspectiva de reajuste em 2024, Dweck tem falado em uma brecha para a concessão da recomposição. Segundo ela, se houver alta na arrecadação federal, o novo Marco Fiscal (a regra de controle dos gastos públicos) permite a ampliação das despesas e parte desses recursos pode bancar um reajuste para o funcionalismo.

A ampliação das despesas só vai ser possível se não houver contingenciamento, isto é, sem nenhuma verba bloqueada.

 

Publicado em 06 de fevereiro de 2024

Fonte: Com informações do Metrópoles
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