Docentes da UnB participam de Ato Nacional por Recomposição Salarial

Servidores da Universidade de Brasília (UnB), docentes e técnicos administrativos, participaram na manhã desta quarta-feira (30/8) de um ato nacional de mobilização pela recomposição salarial, equiparação de benefícios e reestruturação das carreiras. O evento integra a Jornada de Mobilização dos Servidores Públicos Federais, realizada entre os dias 28 a 31 de agosto.
Em Assembleia Geral Extraordinária, realizada no dia 25 de agosto, filiados à ADUnB-S.Sind aderiram à paralisação pela Campanha Salarial que ocorre neste 30 de agosto. A manifestação realizada na Esplanada dos Ministérios reuniu servidores públicos federais de diversas categorias e regiões do país.
Nesta terça-feira (29/8), durante a 4ª reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), o governo federal apresentou que existe um espaço orçamentário reservado no PLOA 2024 (Projeto de Lei Orçamentária do Ano de 2024) de cerca de R$ 1,5 bilhão para o reajuste de servidores, que representa menos de 1% de reajuste.
“Estamos aqui fortalecendo a luta pela recomposição das perdas salariais que tivemos nos últimos anos, e por isso aguardamos uma proposta do Governo que seja condizente com o que estamos demandando, que é apenas a recomposição das perdas. A proposta apresentada não condiz com o que demandamos, e é menos de 1%, por isso vamos continuar em luta até que nossa voz seja ouvida”, destacou a diretora da ADUnB-S.Sind., Michelli Pereira.
Para Nelson Inocêncio, diretor da ADUnB-S.Sind, a proposta do Governo é um acinte. “Menos de 1% de reajuste é um absurdo, servidores públicos federais merecem respeito”, ressaltou.
Técnicos-administrativos da UnB também participaram do ato. Para a Secretária de Mulheres do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub), Carla Márcia Viana, o serviço público precisa ser valorizado. “É uma mobilização muito importante porque estamos com salários achatados e a proposta do Governo é uma irresponsabilidade, tendo em vista o que a gente ganha. Somos o terceiro pior salário do serviço público e nós que estamos na Universidade lutamos por uma Educação de qualidade, em defesa da Universidade.”, observou.
Possibilidade de greve
Após a reunião da MNNP, a Bancada Sindical, composta por 12 entidades sindicais representativas, apontou que a proposta é insuficiente para suprir a demanda de recomposição salarial necessária para cobrir as perdas inflacionárias enfrentadas pelo funcionalismo público.
“Em um cenário em que os(as) servidores(as) públicos federais, durante a última década, sofreram perdas salariais agudas, é imperativo que os reajustes recomponham os salários, para que o serviço público seja atrativo para os(as) trabalhadores(as)”, destaca trecho da Nota, que pode ser lida na íntegra aqui.
A bancada sindical aponta ainda que haverá uma plenária nacional dos servidores públicos “para discutir um calendário de mobilização, inclusive com possibilidade de greve”.
Próxima reunião da MNNP
De acordo com nota do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), na sexta-feira (1º/09) serão apresentadas as primeiras dez mesas setoriais. As primeiras já anunciadas serão dos TAEs (Técnicos Administrativos da Educação), policiais federais e dos policiais rodoviários federais.
Publicado em 30 de agosto de 2023