Mês da consciência negra: pelo fim do racismo já!

Na década de 1970, o grupo Palmares do Rio Grande do Sul lançou para o conjunto de entidades que constituíam o Movimento Negro Brasileiro a proposta da adoção do 20 de novembro como Dia Nacional da Consciência Negra, em alusão a Zumbi e ao Quilombo dos Palmares.

A partir dessa ação específica o ativismo compreendeu, de modo amplo, que o 13 de maio, data da assinatura da Lei Áurea em 1888, pela Princesa Izabel, evento celebrado pela oficialidade, não estava a altura de representar a histórica resistência do povo negro.

Referência construída no âmbito da militância afro-brasileira, acolhida por outros movimentos sociais e reconhecida por governos democráticos, o Dia Nacional da Consciência Negra, enquanto marco histórico, se traduz em um chamamento na defesa dos direitos da população negra e por uma sociedade mais justa e que reconheça os efeitos deletérios produzidos pelo racismo.

Como disse a ex-diretora da Fundação Palmares, Dulce Pereira, a ideologia de racismo imobiliza a democracia. “Não há democracia com o racismo estrutural sendo operado dentro do Estado”.

Publicado em 04 de novembro de 2022

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