Trabalhadores e mulheres indígenas unidos contra os ataques do governo


Professores universitários, servidores do executivo federal, trabalhadores da iniciativa privada, estudantes secundaristas e do ensino superior tomaram hoje as vias da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para mais um ato em Defesa da Educação Pública e contra a Reforma da Previdência, na Greve Geral de 13 de agosto. O grito da sociedade pela manutenção dos direitos sociais, respeito ao Estado Democrático e fim da afronta às garantias trabalhistas foi encorpado pelo brado de 6 mil mulheres indígenas que também marcharam para protestar contra os ataques do governo.



“Estamos lutando pela Educação juntamente com as mulheres indígenas. Elas são grandes educadoras do povo brasileiro, nos ensinam como cuidar da terra, da vida, dos filhos, da natureza. Esse ato representa a união de todos os trabalhadores contra o governo que quer implantar um projeto de privatização da educação. Vamos nos fortalecer conjuntamente”, afirmou o presidente da ADUnB, Luis Antonio Pasquetti.


O projeto Future-se, que propõe um viés privatista para o ensino superior, foi duramente criticado por trabalhadores da Educação e lideranças sindicais presentes no ato. “Para nós, o Future-se não é a solução para a educação, não é a solução para os Institutos Federais. Solução para a educação é investimento, é valorização, é apostar no desenvolvimento e na soberania do nosso país, é formar estudantes capazes de transformar o nosso Brasil num Brasil soberano, onde tem espaço para as mulheres negras, para as mulheres indígenas, onde tem espaço para os LGBTs, onde tem espaço para todo o povo brasileiro, que também é pertencente à essa terra. Estamos dizendo para o Bolsonaro que o povo brasileiro está unido para derrotar os seus retrocessos e não arredaremos o pé das ruas até que a gente conquiste o Brasil dos nossos sonhos”, afirmou Rozana Barros, diretora de Escolas Técnicas da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES).



Além de Brasília, 95 cidades de todo o país registrarão hoje atos contra o bloqueio das verbas orçamentárias das universidades e institutos federais e contra o projeto de privatização do ensino público superior apresentado com o nome de “Future-se.”

Desde o começo do ano, a pasta da Educação já sofreu R$ 6,1 bilhões em bloqueios, de um orçamento total previsto de R$ 25 bilhões. O corte mais recente foi de R$ 348,4 milhões, recursos que custeariam a produção, aquisição e distribuição de livros e materiais didáticos para a Educação Básica.


CONFIRA A GALERIA DE FOTOS

Publicado em 13 de agosto de 2019

Compartilhe: