Nota de apoio e solidariedade à professora Débora Diniz

A professora Débora Diniz foi alvo de novas agressões, ataques e ameaças de morte, por parte de veículos de imprensa, de manifestantes de extrema direita, de apoiadores de Bolsonaro, e do próprio Presidente da República.


Após postar, nas redes sociais, um texto no qual afirma: A pauta prioritária de Bolsonaro no Congresso Nacional tem de arma em casa e na rua para mais gente; crianças em ensino domiciliar; perseguição a pedófilos; vantagens para agronegócios até perseguição aos povos indígenas”, e também que “(...) a perversidade parece complexa, mas não é. Segue a mesma lógica paranoica do patriarca que amplifica o medo para justificar a truculência. Por isso armas e pedófilos estão na mesma agenda: o patriarca espalha o pânico para justificar seu abuso de poder. Inclusive de ser ele mesmo um violentador sexual de crianças ou mulheres”, a pesquisadora passou a sofrer ataques violentos, inclusive com ameaças de morte. Ressalte-se que Débora já reside fora do país por conta das ameaças que sofre, continuamente à sua integridade física e de pessoas à sua volta.


O periódico Gazeta do Povo, postou uma manchete, logo reproduzida pelo Presidente e seus filhos, na qual afirma: “Débora Diniz acusa Bolsonaro de perseguição a pedófilos”, numa clara distorção às palavras da professora, como se ela defendesse pedófilos, o que não foi feito em nenhum momento. Isso desencadeou ataques e ameaças que foram reproduzidos nas redes sociais.


Diante de tal descalabro, onde até o Presidente reproduz inverdades, e que geram ameaças à professora da UnB, a ADUnB vem manifestar seu apoio e solidariedade, com total repúdio às manifestações perpetradas contra Débora Diniz.


Em tempos de neofascismo, de mentiras e de violência, é necessário confrontar tais atitudes, afirmando sempre a Democracia, a Ciência e o Estado de Direito.


Diretoria da ADUnB

Debora Diniz é antropóloga e professora da UnB (Foto: Agência Pública)

Publicado em 10 de fevereiro de 2021

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